Retrospectiva 2022 com Romeo Bet

A Cooperalfa

Nesta conversa o presidente da Alfa, Romeo Bet, avalia o ano de 2022 como positivo

Publicado em 04/01/2023

Nesta conversa o presidente da Alfa, Romeo Bet, avalia o ano de 2022 como positivo, apesar dos desafios. Segundo ele, foi um ano intenso, de investimentos imponentes, muitos eventos comemorativos aos 55 anos de Cooperalfa e muito trabalho. “E isso não foi diferente com cada associado ou funcionário”, reconhece o líder. Bet também é secretário do Conselho de Administração da Aurora Alimentos.


Revista Cooperalfa - Como presidente da Cooperalfa, como o senhor se sente, ao fechar 2022?


Romeo Bet - O sentimento é de dever cumprido, uma vez que, dentro das condições adversas que o ano nos apresentou, alheios a nossa vontade, como fatores climáticos, de mercado, políticos, sanitários e de conflitos entre países, apesar de um resultado muito aquém do esperado, devemos fechar o ano com faturamento positivo.


Revista Cooperalfa -  Este ano a Alfa perdeu rentabilidade em alguns grãos, como a soja, e por outro lado, os insumos subiram. Que fatores levaram a esse cenário? Foi influência cambial ou outras razões?


Romeo Bet - Tivemos vários fatores que afetaram a rentabilidade, como o fator cambial, a pandemia e a guerra entre Rússia x Ucrânia. Com receio de que pudesse faltar insumos para o associado, a Alfa procurou se abastecer logo no início do ano, com os preços dos insumos nas alturas, elevados por conta dessa demanda exacerbada. Porém, não faltou insumo e se tivéssemos deixado para comprar mais tarde, arriscando o desabastecimento, talvez a rentabilidade com grãos fosse melhor. 


Revista Cooperalfa -  O resultado positivo é bom para todos, especialmente ao associado. Quais fatores que ´animaram´ esses ganhos e de quanto será o percentual de sobras sobre a receita bruta total?


Romeo Bet - A diversificação dos negócios foi fator decisivo para o resultado positivo do ano. A cooperativa não é somente defensivos ou a compra e venda da produção agrícola, mas temos todo o parque industrial no processamento de soja, indústria de milho, indústria de trigo, fábricas de ração, supermercados, postos de combustíveis, produção de sementes, enfim uma série de negócios que proporcionaram rentabilidade, uns compensando outros. Por isso fechamos 2022 com margem líquida aproximada de 3%, gerando um faturamento superior a R$ 8,5 bilhões (dado levantado até 12/12/22).


Revista Cooperalfa -  O ano de 2022, do 55o aniversário da cooperativa, foi marcado por eventos expressivos: formaturas de jovens e mulheres, inauguração da nova fábrica da Tomazelli, Jubilados, inauguração de SLO e o 28º Integracoop. Que avaliação o senhor faz desses projetos?


Romeo Bet - Todos esses eventos marcaram muito bem a história dos 55 anos de Cooperalfa. Um ano que exigiu muita dedicação e trabalho da parte dos colaboradores, para organizar, mas isso tudo é gratificante e coerente com o nível de desenvolvimento em que se encontra a cooperativa. Chegamos ao fim de 2022, exaustos, porém realizados.


Revista Cooperalfa -  A diretoria está satisfeita com a presença da Alfa no Mato Grosso do Sul? E a UPL de Sidrolândia?


Romeo Bet -  O Mato Grosso do Sul (MS) tem suas caraterísticas bem distintas da “nossa” região Sul. Temos quatro unidades naquela região, em que a concorrência é muito forte. Lá, o trem anda em outra velocidade. Precisaríamos crescer muito mais, mas, de forma geral, estamos satisfeitos, com o recebimento da produção e ritmo de confiança conquistada no dia a dia. De forma geral estamos indo bem. 


No MS, é comum agricultores com 10 a 15 mil hectares de lavoura, sendo autossuficientes na compra de insumos, diretamente das indústrias, e nas exportações. Contudo, com o empenho de nossas equipes, os resultados positivos estão surgindo. 

O projeto da UPL de Sidrolândia é para 10 mil matrizes. Em 2023, será executado para 5 mil. O mercado de carnes ajudará a clarear esses investimentos. Por ora, vamos atender a necessidade da Aurora COOP de São Gabriel do Oeste que abate atualmente 3 mil suínos/dia e, no início de 2025, abaterá 5 mil/suínos/dia.


Revista Cooperalfa -  Que avaliação o senhor faz com a chegada da Alfa ao RS, desde 2017?

Romeo Bet - No Rio Grande Sul cresce a cada dia a aceitação da cooperativa por parte dos produtores. Inclusive, grande carinho recebemos no dia da pre-assembleia em Erechim (01/12/22), pela forma de atuação da Alfa na região. Sobre as homenagens prestadas nesse dia, em forma de agradecimento pela entrega da Cota-Capital e pelo Programa Alfa Mulher, é uma satisfação muito grande. Diante de tudo isso, só cresce a nossa responsabilidade.

Revista Cooperalfa - Em termos de futuro, como está o “pé do presidente”? Pisando fundo no acelerador? Ou um pouco menos acelerado no quesito investimentos da Cooperalfa? E por quê?



Romeo Bet - Em 2022 a Alfa investiu mais de R$ 250 milhões e, para 2023, devemos agir de forma mais cautelosa, por conta da insegurança gerada com a transição de Governo. Temos que ter cautela até visualizar qual o rumo que o País vai tomar, para então definir quais e quanto de investimento fazer. Temos que saber quais os programas serão lançados em termos de incentivo para o agro.

Revista Cooperalfa - O que o agronegócio espera do próximo Governo para os próximos anos?


Romeo Bet - Esperamos que o novo Governo nomeie ministros que reconheçam no agronegócio, a sua importância no contexto da economia brasileira. A nossa expectativa é que haja programas de incentivo aos agricultores e cooperativismo, com linhas de crédito específicas para investimentos na produção agropecuária.


Revista Cooperalfa - Que 2023 o senhor deseja?


Romeo Bet - Que tenhamos muita saúde e paz, que consigamos nos manter todos unidos; que Deus abençoe a cada um e que possamos prosseguir firmes e fortes, nos ajudando sempre. Feliz Ano Novo cheio de luz!

Assessoria de Imprensa Cooperalfa