Leite: qualidade acima de tudo

A Cooperalfa

O dia primeiro de junho é marcado pelo dia mundial do leite. Confira a matéria especial!

Publicado em 31/05/2024

No dia 1º de junho é comemorado o dia mundial do leite, a data foi criada com o objetivo de incentivar o consumo de lácteos à população mundial. O Brasil é o 5º maior produtor de leite no mundo, produzindo mais de 35 bilhões de litros anualmente, é uma das principais atividades econômicas para geração de emprego e renda. Cada brasileiro consome cerca de 183 litros de leite e derivados por ano. Para chegar até a mesa do consumidor, este alimento passa por diversas etapas no processo produtivo e precisa atender a critérios de qualidade e segurança alimentar exigidos pela legislação e especialmente as necessidades dos consumidores. 


A rotina e os cuidados necessários

O casal de produtores Dilmar e Aline Donzelli, de linha São Luiz, Quilombo-SC, trabalha com a produção leiteira há 6 anos. Com 26 vacas em lactação, o rebanho produz cerca de 600 litros por dia. Na propriedade, os números de produção estão aumentando e a família trabalha para manter a sanidade dos animais, que exige a nutrição das vacas, bem-estar animal e a capacitação durante a ordenha. 

Para a produtora Aline, o setor lácteo exige dedicação e aperfeiçoamento. “É preciso estar bem para não refletir nos animais, às vezes um descuido na alimentação ou desequilíbrio do animal pode se transformar em mastite ou outra doença que pode comprometer a qualidade do leite”.  


Antes de ordenhar os animais, são vários processos de higienização, com a devida manipulação e cuidado. O manejo da ordenha é extremamente importante e alguns fatores podem influenciar nessa melhoria. “Efetuamos a limpeza e higienização dos tetos com o pré-dipping e, caso seja necessário um pré-dipping duplo, tiramos os três primeiros jatos e realizamos a ordenha. Após a ordenha, cada teteira é desinfectada para em seguida ser colocada em outro animal”, disse. Outros processos realizados na propriedade são a contagem de células somáticas por animal (CCS), o teste para identificar mastite e as atividades de prevenção e curativos, caso necessárias.


Assistência ao produtor

O veterinário da regional de Quilombo, Marlon Dal Bosco, orienta algumas precauções necessárias durante o manejo. “A bomba de ordenha deve ser adequada para o número de conjuntos que a propriedade tem, o equipamento deve oferecer o conforto que as vacas necessitam, as teteiras e as mangueiras devem ser trocadas no máximo a cada 6 meses e a água também deve ser de boa qualidade”. 


O coordenador de bovinocultura da Cooperalfa Jardel Zucchi destaca a importância da qualidade e a segurança alimentar para a cooperativa. “O olhar da cooperativa está voltado à produção, mas sabemos que os animais da região têm um potencial produtivo bom e pode ser melhor aproveitado, para isso precisam receber uma alimentação adequada, bem manejada, com conforto térmico e serem saudáveis”, disse. Desde 2009, a Alfa tem uma tabela de pagamento por qualidade onde é remunerado pelo produto produzido.


A Cooperalfa disponibiliza uma equipe de assistência técnica que presta suporte aos produtores e auxilia com sugestões para a melhoria da produção de cada propriedade. “Junto ao produtor, eles podem tomar as melhores decisões em relação ao diagnóstico da propriedade para chegar aos resultados desejados”. Os cooperados também têm acesso a diversos programas que contribuem para tornar a atividade mais produtiva e mais rentável, tais como o programa de gestão zootécnica e econômica, plano de melhoramento genético software de gestão, o Programa Propriedade Rural Sustentável Aurora (PRSA), que trabalha a sustentabilidade, o setor econômico, ambiental e social a fim de agregar valor aos produtos produzidos. 


A Cooperalfa possui 1.100 famílias produtoras de leite, que juntas produzem 533 mil litros por dia. No total, a Cooperalfa alimenta cerca de 1 milhões de pessoas por dia através do leite e seus derivados. O presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, salienta que é preciso que os produtores continuem comprometidos. “Precisamos do apoio e engajamento para continuarem produzindo leite de qualidade conforme as regras e as especificações que a legislação impõe e que tenham as estruturas adequadas para produzir um leite de ótima qualidade”, salienta. 



Na indústria 

O leite produzido pelos cooperados da Alfa é vendido para a Aurora Coop. A indústria de lácteos localizada em Pinhalzinho-SC, recebe 40 milhões de litros de leite por mês, desse montante, 40% da produção é entregue pela Cooperalfa. Durante a industrialização, 38% do leite é utilizado para a produção do leite Longa Vida (UHT), 35% para a produção do leite em pó e 27% para a produção do queijo muçarela (o queijo mais consumido no Brasil). Mas, para chegar aos bons resultados, o leite precisa estar dentro da legislação que rege o padrão da matéria-prima e a indústria preza pela qualidade do processamento para garantir um produto seguro ao consumidor. 


O coordenador da qualidade de leite da Aurora, Alexandre Strassburger, relata que ao chegar à indústria, o leite é descarregado e passa novamente por análises realizadas pelo controle de qualidade. “Dentro do nosso processo industrial buscamos direcionar a matéria-prima com o melhor extrato seco, proteína e gordura, contagem de células somáticas por animal mais baixo (CCS), contagem bacteriana, para uma linha de derivados que demanda de um maior teor de proteína, como o leite em pó ou o queijo muçarela que requer um teor de sólidos maiores”, explica Alexandre. 


Um dos requerimentos do mercado é que o alimento chegue às mãos do consumidor como um produto saudável e nutritivo. “O leite é sensível e qualquer variação de temperatura, no manejo da ordenha, do animal, tanto o produtor quanto a indústria, precisam atender os cuidados necessários dentro da segurança alimentar e garantir que o produto Aurora e Alfa atenda a expectativa do consumidor que busca qualidade e confiança, pois confia nas marcas”, afirma Alexandre. 


A Fiscalização Federal

Para assegurar que os produtos sejam produzidos de acordo com os padrões de higiene e segurança alimentar, o Serviço de Inspeção Federal (SIF), fiscaliza os produtores de leite, as fábricas, estabelecimentos que processam o leite, para garantir a procedência das produções. O auditor fiscal federal do Sif, que atua na área de laticínios, Emanuel Pereira Couto, ressalta que no início dos anos 2000 o ministério, junto de empresas e entidades do leite, criou normas, políticas públicas para melhorar e avaliar a qualidade do leite nacional. “De lá para cá houve uma série de normas e aqui no Sul, por exemplo, evoluímos muito,” disse.  


Segundo o auditor fiscal, ao longo dos 20 anos, a iniciativa pública e privada junto ao produtor tem conseguido melhorar a qualidade do leite. “As empresas em geral tem trabalhado em cima da qualidade e a grande maioria dos produtores têm aderido a esse objetivo, esperamos que os índices melhorem ainda mais para que juntos alcancemos bons resultados”. 


Assessoria de Imprensa Cooperalfa